Postado em terça-feira, 9 de janeiro de 2018 às 16:04

Pesquisador da Unifal participa de um dos maiores avanços da Física

O estudo sobre os neutrinos foi listado entre as descobertas mais importantes de 2017.


Da Redação

Entre os dez avanços em pesquisa na área de Física - listados pela revista The Physics World - como os mais importantes de 2017, o primeiro projeto científico citado foi um estudo envolvendo neutrinos. A pesquisa é destinada a investigar em profundidade a estrutura da matéria e a responder algumas das mais inquietantes perguntas relativas à formação do Universo.

O projeto é uma colaboração internacional, com sede em Fermi National Accelerator Laboratory – Fermilab nos Estados Unidos e conta com a participação do pesquisador da Unifal (Univrsidade Federal de Alfenas), Gustavo do Amaral Valdiviesso, do Instituto de Ciência e Tecnologia, campus de Poços de Caldas.

O experimento prevê a construção de detectores de partículas, uma iniciativa bilionária para o estudo dos neutrinos. A expectativa é de que quando a construção estiver completa (prevista para 2026), o Fermilab enviará um feixe de neutrinos a 1.300 quilômetros direto através da terra - sem túnel necessário - aos detectores subterrâneos de 4 andares em Dakota do Sul (EUA) para descobrir o papel que os neutrinos desempenham na evolução do universo.

Valdiviesso em reportagem divulgada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo/Fapesp, em 2016 (Foto: Reprodução/TV Unicamp)


No mês de agosto de 2017, os detectores de onda gravitacional do Observatório Interferométrico de Ondas Gravitacionais (LIGO, em inglês), nos Estados Unidos, do detector Virgo, na Itália, e do telescópio espacial de raios do Fermi registraram sinais quase simultâneos. Eles vieram da fusão de duas estrelas de nêutrons - corpos celestes extremamente densos originados a partir da implosão do núcleo de estrelas gigantes. Foi a primeira vez que se detectou luz associada a um evento de onda gravitacional.

Além do professor da Unifal, o estudo teve a participação de pesquisadores vinculados às universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Estadual de Feira de Santana (UEFS), além do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Observatório Nacional (ON), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Sukow da Fonseca, Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia, e universidades federais de Sergipe (UFS), de Santa Catarina (UFSC), do Rio de Janeiro (UFRJ), do Rio Grande do Norte (UFRN), do Paraná (UFPR), do ABC (UFABC) e Federal Fluminense (UFF).

Valdiviesso iniciou a missão de um ano no Fermilab em julho de 2017, onde trabalha na instrumentação do detector. O pesquisador foi o receptor do Intensity Frontier Fellowship, uma linha de financiamento do governo estadunidense para desenvolvimento de novas tecnologias e contemplado com uma bolsa de pós-doc sênior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que garantiu que se mudasse com a família para o Fermilab por um ano.



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