Postado em quinta-feira, 7 de dezembro de 2017 às 11:49

De olho no futuro, café quebra barreiras e chega a novos mercados

Grão passa a ser utilizado como base para cosméticos e perfumes, além de se tornar bijuterias e peças de decoração...


 Empresários do Sul de Minas encontraram em um novo momento do mercado do café uma oportunidade de ampliar os negócios. De olho no futuro, a produção cafeeira se expandiu também para a criação de produtos derivados do grão que não estejam relacionados à alimentação, atingindo mercados como o de cosméticos e bijuterias.

E é justamente esse mercado de cosméticos que vem se destacando, com produtos como sabonetes, cremes hidratantes e até mesmo perfumes. Em Três Pontas (MG), a farmacêutica e bioquímica Vanessa Vilela fundou uma franquia de cosméticos feitos à base de café e vem ganhando cada vez mais espaço no setor.

Fundada há dez anos, a empresa contava inicialmente com apenas sete produtos comercializados. Hoje os negócios expandiram e chegam a alcançar 18 estados brasileiros, com quase 300 pontos de venda em todo país. Só o número de produtos comercializados subiu para 100 e a loja conta até mesmo com uma página de vendas pela internet.


Vanessa conta que a ideia do projeto surgiu com a intenção de produzir cosméticos que pudessem ser uma opção diferenciada dentre as opções que o consumidor já encontra no mercado de beleza.

“Sempre fui apaixonada por cosméticos. E como vivo na maior região produtora de café do mundo, ao montar o plano de negócios da minha empresa, surgiu a ideia: por que não fazer uma pesquisa para saber se esse grão teria algum benefício para a nossa pele?”, conta.

Dentre ganhos e perdas, ela atribui o sucesso do seu empreendimento ao fato de apostar em uma área que é tendência no setor. “A gente tem o ônus e o bônus quando você tem uma proposta totalmente inovadora. Você tem o ônus de desbravar o mercado, mas tem o bônus, porque as pessoas realmente ficam curiosas para saber como é isso. Como será o café na cosmética?”, diz.

Hoje a empresa emprega 20 funcionários diretos e gera mais de 100 empregos indiretos. Alé,m disso, atualmente a empresa conta com três lojas próprias e outras três devem ser inauguradas no ano que vem.

 

 

 

Café como acessório

Já em Guaranésia (MG), o grão surge como base para a criação de acessórios. A princípio, materiais que seriam descartados passaram a ser reutilizados pela ecodesigner Loli Colpa, que enxergou no café a oportunidade de criar seus artesanatos.

“A ideia de usar grãos nas criações veio do fato de eu ter o ateliê nas montanhas cafeeiras, onde o café é o astro maior”, afirma

 

 

 

Suas obras são feitas de itens descartáveis, como o papel das caixas dos filtros, que recebem um toque especial com pequenos grãos de café. A partir daí, ela consegue produzir peças únicas.

“Um resíduo que está em abundância hoje em dia são as cápsulas de café, que são de alumínio e têm cores muito bonitas”, explica a artista.
Além do reaproveitamento, a artista ressalta que seu trabalho, conhecido como "ecodesign", tem importante papel na preservação do meio ambiente.

“O ecodesign também tem a característica de criar produtos com máxima utilidade, além de que sempre aproveitamos as deixas para falarmos sobre consciência ambiental”, ressalta.

 

 



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