Atlético-MG busca alternativas para evitar pior ataque do clube nos pontos corridos

O ataque do Atlético-MG está devendo neste ano. Conhecido como um time ofensivo, com o estilo "Galo Doido", a equipe vive outro momento e tem encontrado dificuldades na hora de balançar as redes. Tanto é que o desempenho ofensivo neste Campeonato Brasileiro é o pior da história do clube nos pontos corridos. Até o momento, o Galo marcou 22 gols em 21 rodadas, média de 1,05 por partida. Antes disso, o pior ataque do Atlético-MG até a 21ª rodada do Brasileiro havia sido em 2014. Nesse ano, o Galo oscilou na competição e dividiu as atenções com a Copa do Brasil, conquistada sobre o rival Cruzeiro. De todos os torneios com 38 jogos, o que o Galo menos marcou gols foi em 2013 - ano do título da Libertadores -, quando balançou as redes 49 vezes. Para evitar alcançar essa marca negativa, o time precisa marcar, nas 17 partidas restantes, nada mais, nada menos, que 28 gols - média de 1,65 por confronto.
O que mudar?

Mas, o que fazer para melhorar os números do ataque? Micale tem tentado encontrar alternativas, dentro e fora do elenco, em busca do time ideal. Algumas delas são ousadas. Como, por exemplo, deixar Robinho e Fred no banco de reservas. As principais estrelas do Atlético-MG estão em baixa e, por isso, não estão atuando entre os 11.

O camisa 7 não faz gols há 19 jogos e balançou as redes, até o momento, em apenas sete oportunidades em 2017. Já Fred não marca há quatro jogos, porém, não tem atuado com frequência devido a problemas musculares. O centroavante é o artilheiro da equipe na temporada com 23 tentos. No próximo domingo, contra a Ponte Preta, Fred não poderá entrar em campo, pois está suspenso, devido ao terceiro cartão amarelo. Logo, Rafael Moura deve seguir como titular.
Além das mudanças de peças, Micale deve modificar o sistema tático: saindo do 4-1-4-1, em que atuava com três volantes, para o 4-2-3-1, com dois volantes, três meias e um centroavante. Para isso acontecer, Valdívia pode ser a novidade ao entrar no time e ser o meio-campista pela esquerda. Ele vem se destacando nos últimos jogos. Inclusive, marcou gol na última partida, contra o Fluminense - o primeiro dele com a camisa alvinegra- e tem ganhado moral com o grupo.- É um jogador interessantíssimo. Está vivendo um bom momento. Tem mostrado nos trabalhos, nos treinamentos. É um jogador de muita qualidade. Está, talvez, aprendendo a jogar de uma maneira diferente aqui no Atlético. Vai nos ajudar da melhor maneira possível, dentro daquilo que o Micale quer dentro do sistema para o próximo jogo. Se for ele a jogar, vai ser orientado, e vai nos ajudar bastante com a sua qualidade e com a organização que a equipe precisa com a presença dele em campo - destacou Leo Silva.

Outra opção para Rogério Micale a partir do confronto deste domingo com a Ponte Preta será Clayton. Ele estava emprestado ao Corinthians, mas o treinador do Galo pediu o retorno do jogador. No clube paulista, entretanto, o atacante não teve um bom desempenho e também não vinha sendo aproveitado nas últimas partidas. Ao todo, foram 14 jogos e dois gols marcados.

Clayton foi revelado pelo Figueirense e chamou a atenção em 2015, quando fez uma temporada de destaque e foi o artilheiro da equipe (17 gols), com apenas 19 anos. O jogador despertou interesse de grandes clubes do futebol brasileiro como Corinthians, Palmeiras, Santos e Atlético-MG, e acabou parando na Cidade do Galo. A negociação foi longa e foi concretizada em fevereiro de 2016 com valores altos, superando os R$ 13 milhões.
No Atlético-MG, porém, Clayton não conseguiu repetir a boa desenvoltura que teve em Santa Catarina e acabou perdendo espaço. Fez 52 jogos e marcou oito gols. Um ano após a chegada, em março de 2017, o clube mineiro optou por fazer uma troca - por empréstimo - com o Corinthians envolvendo o meia Marlone, que também não conseguiu se firmar no elenco atleticano até o momento.

* sob supervisão de Maurício Paulucci.

Fonte: Globo Esporte