Postado em quinta-feira, 24 de agosto de 2017 às 10:47

Hack Town une tecnologia e cultura em maratona com mais de 200 atividades em 4 dias em MG

Evento oferece palestras, workshops e shows e acontece entre 7 e 10 de setembro em Santa Rita do Sapucaí; inscrições e ingressos estão disponíveis.


Tecnologia, cultural, inovação e muita criatividade. É o que busca o Hack Town. Inspirado no festival americano South by Southwest (SXSW), o evento chega a sua terceira edição e vai trazer uma verdadeira maratona, com mais de 200 atividades entre os dias 7 e 10 de setembro em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais.

Na programação, palestras, debates, workshops e shows, com diversos eventos acontecendo simultaneamente.

"Nós acreditamos muito na conexão. A gente fala que o Hack Town é um evento de palestras, mas o principal são as conexões que a gente gera lá dentro. E, por isso, a gente cria essa diversidade enorme de coisas acontecendo ao mesmo tempo", afirma João Rubens, um dos organizadores do evento.

Mas por que é inspirado no SXSW? Segundo Rubens, pela própria mistura de interesses e possibilidade trazida pelas atividades.

"Ao mesmo tempo que a gente quer conectar projetos de pessoas diferentes, ideias de pessoas diferentes, startups de pessoas diferentes, a gente acredita que a melhor maneira de fazer isso é em uma cidade do interior, como Santa Rita do Sapucaí, que é super diferenciada por ser uma cidade de apenas 40 mil habitantes, mas ao mesmo tempo ser um polo de tecnologia com mais de 150 empresas", diz.

Programação

Entre os mais de 200 eventos programados, estão os oficiais do Hack Town e os paralelos, que ficam a cargo de terceiros. As atividades serão realizadas em três núcleos distintos: estabelecimentos ao redor da Praça Santa Rita, na sede da Escola Técnica de Eletrônica FMC e do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). O objetivo é reunir grandes nomes e projetos inovadores das mais diversas áreas, ligadas à sociedade e principalmente à tecnologia.

A abertura oficial acontece no dia 7 de setembro, no Teatro do Inatel, com um painel de abertura realizado pelos próprios criadores do Hack Town. No mesmo dia, já começam as palestras e eventos paralelos na cidade.

Casa do Google

Entre tudo isso, chama a atenção também a iniciativa do Google Developers, braço da empresa para startups e desenvolvedores, de montar uma casa na cidade durante o evento. É a primeira vez que o espaço é montado no Brasil. A estrutura vai ser instalada para a realização de palestras e workshops e deve utilizar a sede da Casa Viva, do Inatel, que é um centro voltado para inclusão e alfabetização digital, assim como para o reaproveitamento do lixo eletrônico.

"O Google estava procurando fazer uma casa não só sobre tecnologia, mas que incentive a cultura e, o melhor, a cultura local. Então ao mesmo tempo que o Google está criando uma casa que tem pessoas do Google que são conhecidas nacionalmente e mundialmente para palestrar, eles também estão colocando oficinas de estêncil, grafite, oficinas ligadas a lixo eletrônico e tudo mais", explica Rubens.

Bandas autorais

Na área cultural, além de palestras e debates, muitos shows, sempre com bandas independentes e músicas autorais. Segundo Rubens, a iniciativa busca não só incentivar a arte, mas também relevar talentos na área.

"A gente quer, além de conseguir mostrar o talento, o que as pessoas estão fazendo em vários lugares do Brasil, não seria diferente procurar isso também na área de música. Então a gente está trazendo muitas bandas e, no Hacktown, só tocam bandas autorais. Porque da mesma forma que a gente quer descobrir pessoas com projetos incríveis, a música também é um projeto incrível, então a gente não pode deixar de fora", diz o organizador.

Liga Universitária de eSports

A LUE vai ser realizada em paralelo ao Hack Town e também chega à sua terceira edição. Em 2016, reuniu 260 estudantes de quatro estados do Brasil, com equipes de 17 diferentes instituições de ensino. Neste ano, continuou crescendo e agora conta com quatro modalidades diferentes (League of Legends, FIFA 17, Counter Strike: Global Ofensive e Clash Royale), reunindo 70 equipes.

As etapas classificatórias da liga foram disputadas online e agora a etapa presencial será realizada entre os dias 8 e 10 de setembro, no Inatel. As finais, com premiação de R$ 7 mil, estão marcadas para o dia 10, a partir de 13h, e serão transmitidas ao vivo no teatro da instituição.

Vale da Eletrônica

A escolha pela cidade sul-mineira não foi à toa. Santa Rita do Sapucaí é conhecida como "Vale da Eletrônica" - uma alusão ao "Vale do Silício" - desde a década de 80, quando se tornou uma das referências nacionais na área de tecnologia.

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), são pelo menos 150 empresas que empregam cerca de 10 mil pessoas e exportam produtos para mais de 40 países.

O município conta ainda com faculdades na área, como o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e o Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação (FAI), e escolas técnicas, como a Escola Técnica de Informática ´Francisco Moreira da Costa´ - a primeira da América Latina - e o Colégio Tecnológico Delfim Moreira.

"A gente tem uma capacidade muito grande de desenvolvimento tecnológico em Santa Rita do Sapucaí, só que a gente está fora do eixo. A gente está em um lugar que a gente não é tão reconhecido, e a gente quer mostrar Santa Rita para outras cidades. Mas também conseguir trazer pessoas da área de inovação, várias empresas grandes de outras cidades, de outras regiões do Brasil para cá. Para não só descobrir nossa região, mas também para poder trazer conhecimento delas para cá, para a gente conseguir se complementar", ressalta o organizador.

Inscrições

Os ingressos custam entre R$ 110 e R$ 180. Segundo o site oficial do evento, são cobrados como valor de meia-entrada, tanto para estudantes quanto para quem levar um "livro em bom estado" e podem ser adquiridos até o dia 7 de setembro, quando acontece o credenciamento já no local do evento. De acordo com a organização, são esperadas 2,5 mil pessoas neste ano.

"A nossa média é mais ou menos isso, porque a gente sabe que todo o evento tem que crescer em conjunto com a própria cidade. Um ponto que a gente quer muito que aconteça é que Santa Rita se desenvolva cada vez mais com o próprio Hack Town. E a gente não pode ultrapassar a própria capacidade dela", conclui Rubens.
Parte dos eventos também deve ser aberto ao público em geral, como shows e atividades ao ar livre. A programação completa e o link para compra dos ingressos podem ser encontrados no site oficial do evento.

 

 

Fonte: G1 Sul de Minas



Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo