Postado em sábado, 15 de julho de 2017 às 10:10

Projeto da Unifal promove ressocialização de detentas em Alfenas

O projeto de extensão “Capoeira Ginga Legal para Detentas” está sendo desenvolvido desde fevereiro.


Da Redação

Proporcionar o aprendizado da capoeira, não só como arte, mas também como instrumento de lazer para amenizar o tédio do encarceramento. Essa é a proposta do projeto de extensão “Capoeira Ginga Legal para Detentas”.

O projeto desenvolvido pela Unifal (Universidade Federal de Alfenas) vem sendo promovido para apenadas do Juízo da Execução Penal da Comarca de Alfenas e da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC).

Cerca de 30 detentas participam das aulas de iniciação à Capoeira, maculelê e musicalização, oferecidas pelo projeto coordenado pela professora Manuella Carvalho da Costa, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade. De acordo com a coordenadora, participam também da iniciativa, o contramestre de capoeira, Reinaldo Primavera, como coordenador-adjunto; Jorge da Silva Saboia como colaborador; e a estudante do curso de História da Unifal, Geovana Alves Martins, que também colabora nas atividades.

O projeto "Capoeira Ginga Legal" proporciona melhora do condicionamento físico e mental das apenadas (Foto: Unifal)


Iniciado em fevereiro deste ano de 2017, o projeto foi submetido e aprovado em um edital do Juízo da Execução Penal da Comarca de Alfenas e da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC).

Entre os objetivos específicos do projeto, a professora Manuella destaca promover a ressocialização das apenadas e incentivar a prática esportiva das mesmas, além de estimular trabalho em equipe e aprimorar o condicionamento físico e mental, bem como a melhora da autoestima das detentas. “A iniciativa busca também despertar interesse para a cultura afro-brasileira e teorizar a história da capoeira durante os encontros das praticantes”, acrescenta.

A coordenadora enfatiza que a participação das apenadas na prática da capoeira tem evitado o contato com as drogas e a marginalidade, proporcionado melhora do condicionamento físico e mental das detentas e possibilitado também discussão de questões sociais como o empoderamento feminino e o papel do negro na sociedade atual.

Segundo a coordenadora, o projeto Ginga Legal para as Detentas permite também, promover a interação entre as detentas, agentes penitenciários, os instrutores de capoeira e os voluntários do projeto, o que vem servindo de instrumento para a promoção da igualdade, cooperação e a prática da cidadania. “Durante a roda de capoeira é possível observar uma união e sincronia grupal entre as detentas”, comenta.



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