Postado em quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Elivélton deixa os gramados
Alessandro Emergente
Vitorioso nos gramados, o ex-atacante Elivélton encerra sua carreira no futebol profissional para seguir novos caminhos. Aos 36 anos, o ex-atleta deixa para trás um currículo repleto de grandes conquistas como os Mundiais Interclubes em 1992 e 1993, três Libertadores da América e o Brasileiro de 1991.
Elivélton cumpriu seu último contrato como jogador profissional pelo Rondonópolis, do Mato Grosso, até maio deste ano. Quanto ao seu futuro, diz que está nas “mãos de Deus”. Evangélico e seguidor da Comunidade Sara Nossa Terra, Elivélton explica que quer se dedicar ao “chamado de Deus” e pregar o evangelho.
Aos 36 anos, Elivélton diz não ter mais disposição para enfrentar a rotina do mundo do futebol, com viagens e concentrações. Por isso, descarta a possibilidade de ser técnico, opção de muitos colegas que atuaram nos gramados. “Isso vira um tédio”, diz ao comentar sobre a rotina das concentrações preparatórias para as partidas.
Ensinando
Apesar do fim da carreira profissional, o ex-atacante que atuou 19 vezes pela Seleção Brasileira não abandonará de vez os gramados. Ele passa a garotos, que sonham com um futuro nos gramados, os ensinamentos do futebol em sua escolinha: a Elivélton Sport Center.
Criada em agosto de 2002, o empreendimento tem hoje cerca de 100 alunos, de 6 a 15 anos. São crianças e adolescentes que espelham-se na carreira de Elivélton. Há um ano, a Elivélton Sport Center ampliou suas atividades com a instalação de uma academia de ginástica.
Bons Momentos
Em uma sala de troféus e fotos da carreira, localizada em sua escolinha de futebol, o ex-atleta exibe os bons momentos da carreira. Lá estão lembranças dos 16 clubes por onde passou. Ao lado das camisas do São Paulo, Cruzeiro, Palmeiras, Internacional e Corinthians, estão a do Alfenense e a do América, de Alfenas.
A camisa do América, revela Elivélton, foi a primeira que o atacante vestiu, no final da década de 80. Mas, sem oportunidade, teve que amargar, na época, o banco de reserva. “Não tive oportunidade”, diz o ex-atacante que seguiu para o Esportivo, de Passos, e de lá despontou para o São Paulo.
Ao lado de Raí, pelo Tricolor do Morumbi, Elivélton comemorou conquistas como o Mundial Interclubes, em cima do Barcelona, e o Brasileirão, de 1991. Chegou a Seleção Brasileira para a disputa das Eliminatórias que levou a Seleção à disputa da Copa de 1994.
A foto do lateral Cafu está exposta na sala de troféus de Elivélton. O ex-atacante explica que entre as poucas amizades conquistadas no mundo do futebol está a de Cafu, com quem hoje não tem mais contato. “Quando cheguei no São Paulo, ele era a minha família”, declara.
A passagem pelo Alfenense, no ano passado, é vista por Elivélton como uma lembrança positiva. O ex-atleta lamenta que o esforço para que o time chegasse ao Módulo II, da 1ª divisão do Mineiro, não tenha sido recompensado com a disputa pela equipe este ano. “É falta de respeito com o torcedor”, lamenta.
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