Postado em quinta-feira, 11 de maio de 2017
Queda de produção faz Cruzeiro perder o semestre e coloca em xeque a sequência da temporada
Com atuações fracas, time perde título mineiro e é eliminado da Copa Sul-Americana
Do céu ao inferno. Assim pode ser descrita a trajetória do Cruzeiro nos últimos quatro dias. O time, que vinha bem em todas as competições que disputava, com apenas uma derrota em 26 jogos, perdeu duas partidas que significaram a perda do título mineiro e a eliminação na Copa Sul-Americana. Domingo, levou 2 a 1 do rival Atlético-MG e ficou com o vice estadual, e, nesta quarta-feira, foi derrotado pelo Nacional-PAR por 2 a 1, no tempo normal, e por 3 a 2 nos pênaltis, e está fora da competição continental. Com isso, o primeiro semestre de 2016 está praticamente perdido. Dia 1º de junho decide a sorte na Copa do Brasil, diante da Chapecoense, em Chapecó. A vitória por 1 a 0, no Mineirão, na partida de ida, deixa a situação aberta para a decisão.
Pior que as eliminações é o futebol apresentado pelo time nas últimas semanas. O Cruzeiro, que vinha vencendo e convencendo, vem tendo grandes dificuldades, tanto na defesa quanto no ataque. Nos últimos sete jogos, fez apenas sete gols, o que representa média de apenas um por partida. A defesa, que estava sólida e consistente, também vem falhando muito. Nos dois gols sofridos no Paraguai, as falhas individuais foram fundamentais nos lances. Mayke no primeiro, e Caicedo no segundo.
O desempenho também chamou a atenção do diretor de futebol Klauss Câmara, que vai ter uma conversa com jogadores e comissão técnica para diagnosticar o que está acontecendo e tentar resolver os problemas. A declaração do volante Hudson, após o jogo em Assunção, foi forte: "Temos que resolver os problemas internos para voltar a vencer." O jogador, após a repercussão da declaração, disse que foi mal interpretado e que não existem problemas no grupo.
A diretoria dá prestígio ao técnico Mano Menezes para evitar o que aconteceu nos dois últimos anos, com grande número de troca de treinadores, o que gerou instabilidade no time, que foi ameaçado pelo rebaixamento no Brasileirão em 2015 e 2016.
Por fim, o grande número de jogadores importantes no departamento médico também está pesando. Manoel, Ariel Cabral e Robinho estão fazendo muita falta ao time. A queda de produção do time coincide com o momento em que os três ficaram fora de combate. Mas, ainda assim, nada justifica as atuações abaixo do esperado de quem está jogando.
O Cruzeiro volta a campo domingo, às 16h (de Brasília), quando estreia no Campeonato Brasileiro, diante do São Paulo, no Mineirão. Lamentar e chorar as duas derrotas não vão resolver os problemas do time. O que resta é juntar os cacos e tentar resolver os erros técnicos para tentar salvar o restante da temporada, já que o primeiro semestre está perdido.