Postado em sexta-feira, 28 de abril de 2017
às 22:10
Manifestantes fazem caminhada até o trevo
Manifestantes contrários às reformas promovidas pelo Governo Temer foram às ruas nessa sexta-feira para protestarem.
Alessandro Emergente
Manifestantes contrários às reformas promovidas pelo Governo Temer foram às ruas nessa sexta-feira para protestarem. Eles fizeram uma concentração na Praça Getúlio Vargas e seguiram até o trevo de acesso a cidade (no entroncamento da MG-179 com a BR-491), onde chegaram a interditar o trânsito por cerca de 40 minutos, segundo os organizadores.
A manifestação em Alfenas faz parte de um movimento nacional contrário as reformas promovidas pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB): a reforma trabalhista e da Previdência Social. As duas reformas tramitam no Congresso Nacional e essa semana o governo conseguiu acelerar as mudanças nas leis trabalhistas, aprovando-as na Câmara dos Deputados. No entanto, ainda precisa ser votada no Senado Federal.
A concentração, convocada por diversas entidades ligadas a trabalhadores, servidores e movimento estudantil, começou por volta das 14h. O trecho em frente ao Clube XV foi interditado, onde os manifestantes promoveram um ato político com discursos contra as reformas. O prefeito de Alfenas, Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT), usou o microfone para criticar a reforma da Previdência Social.
Atrás de um caminhão de som, os manifestantes seguiram em direção ao trevo. Durante o trajeto, eles gritavam frases de efeito contra a reforma e o Governo Temer: “O Temer vai cai, vai cair, vai cair. A reforma vai cair, vai cair, vai cair”.
Críticas à Acia
Em um dos momentos, ainda na Praça Getúlio Vargas, na esquina com a rua José Dias Barroso (onde fica a sede da Acia), a manifestação parou para criticar a postura da direção da Associação Comercial e Industrial de Alfenas. Um dia antes, a direção da entidade teria pago um carro de som com mensagens contrárias a paralisação dos trabalhadores nessa sexta-feira, 28 de abril.
A iniciativa da Acia foi vista pelo movimento social contra a reforma como uma afronta aos trabalhadores. Segundo uma das manifestantes, ao usar o microfone, a entidade teria intimidado trabalhadores a não aderir ao movimento.
Na sequência, os manifestantes seguiram até o trevo, chamando a atenção da população. Lá, chegaram a interditar o local por cerca de 40 minutos, onde fizeram um ato político contra as reformas, segundo Vagner Ribeiro, da diretoria da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Os organizadores da manifestação e a Polícia Militar apresentaram números divergentes em relação aos participantes. Segundo a PM, cerca de 200 pessoas estavam presentes, enquanto os organizadores apontaram que cerca de 500 pessoas participaram do ato.
Paralisação
A paralisação em Alfenas atingiu servidores públicos municipais, federais e professores da rede estadual. Na Prefeitura, os serviços foram suspensos e somente atendimentos emergenciais foram mantidos, como a escala mínima de 30% no caso da Guarda Civil Municipal (GM).
Na última segunda-feira, uma assembleia geral, promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas (Sempre Alfenas), decidiu pela adesão à paralisação nacional. No caso da rede estadual de ensino, a assembleia do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute), que decidiu suspender a greve da categoria no último dia 17, também definiu pela paralisação nacional do dia 28.
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