Postado em sábado, 1 de abril de 2017 às 01:01

Unificar pode acabar com “jogo de empurra”, diz delegado

A unificação das Polícias Civil e Militar foi debatida em uma audiência pública realizada em Alfenas.


Alessandro Emergente

A unificação das Polícias Civil e Militar foi debatida em uma audiência pública realizada em Alfenas na sexta-feira. O debate, realizado na Câmara Municipal, faz parte de uma série de audiências promovidas por uma comissão especial, criada pela Câmara dos Deputados, para discutir o tema.

Uma das falas mais fortes durante o encontro foi do presidente do Sindepominas (Sindicato dos Delegados Polícia do Estado de Minas Gerais), Marco Antônio de Paula Assis. Ele afirmou que a unificação das duas corporações pode ser uma solução para acabar com certas falácias, citando um “jogo de empurra” dos problemas entre membros das instituições.

Assis afirmou ainda que é preciso “menos arrogância institucional” para que o debate seja entregue a população. Disse que o Estado tem sido ineficiente na tarefa de garantir segurança pública. “Somos um bando de ovelhas a mercê dos lobos”, declarou.

O prefeito de Alfenas, Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) integrou a mesa de debate (Foto: Alessandro Emergente)


A unificação da PM com a Polícia Civil, tornando uma única instituição, tem sido defendida pelo presidente da comissão especial, deputado Edson Moreira (PR). Ele disse que há experiências positivas na Alemanha e na Áustria, que unificaram suas corporações.

Na avaliação de Moreira, os recursos financeiros seriam otimizados caso adotasse o modelo único de Polícia. Outra vantagem apontada é o melhor aproveitamento do perfil dos policiais, respeitando as características de cada profissional. O delegado regional, Tiago Ribeiro, também se posicionou favorável a proposta de unificação.


O presidente do Sindepominas, Marco Antônio de Paula Assis (Foto: Alessandro Emergente)


Já o comandante da PM, tenente coronel Gilson Gomes dos Santos, da 18ª Região da PM, em Poços de Caldas, apresentou ponderações. Ele citou experiências bem sucedidas de manutenção de mais de uma corporação, como em Portugal e na Espanha. “Analisar e rever o modelo é necessário, mas é preciso considerar outras possibilidades”, defendeu.

A intenção de Moreira é que a Comissão Especial conclua o trabalho até julho do ano que vem, quando será apresentado o relatório dos estudos. Uma proposta de emenda constitucional e um projeto regulamentando a unificação devem ser propostos pela comissão.

O deputado federal Edson Moreira preside a Comissão Especial sobre a unificação das corporações (Foto: Alessandro Emergente)



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