Postado em quarta-feira, 11 de janeiro de 2017 às 13:43

Produção mineira deve ser recorde, com 13,8 milhões de toneladas

Projeção é de alta de 17,1% frente a de 2015/2016


Do Diário do Comercio

Mais uma vez a produção agrícola de Minas Gerais supera os desafios da crise econômica e segue registrando recorde. Com condições climáticas mais favoráveis até o momento, a expectativa é colher na safra 2016/17 cerca de 13,8 milhões de toneladas de grãos, volume 17,1% superior à safra 2015/2016.

Segundo o 4º Levantamento da Safra de Grãos, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é esperada recuperação da produtividade, que somente no Estado ficará 15,1% maior. Os destaques serão as culturas do milho e do feijão.

Principal produtor de milho primeira safra, Minas Gerais deve colher 5,7 milhões de toneladas do cereal no período, aumento de 11,6% frente a igual intervalo do ano anterior. A área ficou 7,4% maior, somando 899 mil hectares. A expectativa é de uma produtividade média 4% superior, com rendimento de 6,34 toneladas por hectare, volume que será alcançado em função do nível tecnológico utilizado nas lavouras e expectativa de condições climáticas normais.

De acordo com os pesquisadores da Conab, é possível que a área de plantio de milho primeira safra ainda apresente alterações nos próximos levantamentos, após o encerramento do período de plantio e levantamento das áreas efetivamente plantadas. Cerca de 80% das lavouras mineiras estão em fase de desenvolvimento vegetativo e 20% em floração.

Para a segunda safra do cereal, a expectativa é de alta significativa na produção e na produtividade, que no ano anterior foi amplamente prejudicada pela estiagem. A área plantada será mantida em 371 mil hectares. No período, a produtividade esperada é de 5,7 toneladas por hectare, variação positiva de 161,1%. Com maior rendimento, a produção tende a alcançar 2,1 milhões de toneladas, incremento de 161,1%.

Com duas safras volumosas, a produção de milho total, em Minas Gerias, ficou estimada em 7,82 milhões de toneladas, crescimento de 32,2% frente à safra anterior. Os preços remuneradores e a demanda aquecida pelo produto estimularam o plantio do cereal.

Segundo os pesquisadores da Conab, os bons preços praticados na safra 2015/16 capitalizaram os produtores que aproveitaram o bom momento financeiro para investir no plantio e no uso de tecnologias.

Sorgo - O sorgo, que tem os preços balizados pelo milho e é mais resistente às variações climáticas, também terá produção maior. A expectativa é que a semeadura ocorra logo após a colheita da primeira safra. A produção deve crescer 48,7%, somando 517 mil toneladas.

Feijão - Resultado positivo também é esperado na produção de feijão. Em Minas Gerais, a área de plantio na primeira safra está estimada em 163,5 mil hectares, aumento de 11,5%. O plantio foi iniciado em outubro e foi concluído em dezembro. Com produtividade média de 1,3 tonelada por hectare, a produção pode alcançar 215,7 mil toneladas, 12,7% superior à safra passada. As lavouras se encontram, predominantemente, em fase de floração (30%) e granação (70%).

Para a segunda safra, a expectativa é colher 160,4 mil toneladas, avanço de 6,7%. No período, caso as condições climáticas se mantenham favoráveis, haverá recuperação da produtividade, com o rendimento médio por hectare, somando 1,35 tonelada, volume 150% maior que o verificado em igual período do ano anterior, quando a estiagem causou perdas.

Já na terceira etapa, que é de feijão irrigado, a estimativa é de produção de 182,8 mil toneladas que, se alcançada, representará um avanço de 2,5%.

A produção total de feijão em Minas, na safra 2016/17, está estimada em 559 mil toneladas, aumento de 7,5%. A expectativa é colher 1,59 tonelada por hectare, alta de 2,3% frente ao ano anterior.

Algodão - A área de cultivo de algodão em Minas Gerais, principal produtor do Sudeste do País, está estimada em 19,6 mil hectares, sinalizando a manutenção da área em relação à safra anterior. A expectativa é colher 27,3 mil toneladas de pluma alta de 1,9%. A produção de algodão em caroço será de 68,4 mil toneladas, avanço de 2,1%.

O plantio de algodão no Estado teve início apenas em 20 de novembro, quando encerrou o período de vazio sanitário de 60 dias, estabelecido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), como medida fitossanitária para prevenção e controle do bicudo e para proteger a produção mineira dos prejuízos ocasionados pela praga.

Diário do Comércio


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